A segurança no ambiente de tiro não é uma opção, é uma obrigação. Recentemente, um caso preocupante veio à tona envolvendo um aluno famoso que, durante a ausência momentânea de seu instrutor, decidiu fazer brincadeiras perigosas com uma arma de fogo na presença de sua parceira. Esse comportamento imprudente expõe um problema sério: a combinação de negligência e desrespeito às regras de segurança pode ter consequências fatais.
A Responsabilidade do Instrutor
O instrutor de tiro tem um papel essencial: ensinar, corrigir e supervisionar constantemente. A segurança nunca deve ser deixada ao acaso. Se for necessária uma ausência breve durante um treinamento, é crucial que todas as armas sejam descarregadas e que nenhum aluno permaneça armado sem supervisão direta. A prevenção de incidentes não é apenas uma recomendação — é uma exigência ética e profissional.
No caso mencionado, a ausência do instrutor abriu espaço para que um aluno já orientado quebrasse regras básicas, ignorando os ensinamentos recebidos. Isso reforça a necessidade de protocolos rígidos, com o aluno sendo desarmado e as armas guardadas com segurança antes de qualquer interrupção no treinamento.
A Imbecilidade de Alguns Alunos
Mesmo após receber orientações claras, alguns alunos, muitas vezes movidos pelo ego ou pela necessidade de aparecer, cometem atitudes irresponsáveis. Famosos, influenciadores ou qualquer pessoa em posição de destaque devem entender que dentro de um ambiente de treinamento não há espaço para estrelismo.
Brincadeiras, simulações impróprias e manuseio descuidado de armas são comportamentos inadmissíveis. A arma de fogo não é um brinquedo, nem um símbolo de status — é uma ferramenta que, mal utilizada, pode causar tragédias irreversíveis.
Consequências Reais
Quando regras são quebradas, o preço a pagar pode ser alto. Casos de disparos acidentais e tragédias envolvendo armas de fogo são, infelizmente, quase sempre provocados por negligência humana, ainda mais em um ambiente em que a pressão do Governo contra o armamento e as restrições estão sufocando todo o sistema, diminuindo o efetivo na instrução, pressionando cada vez mais erros absurdos.
Se o aluno em questão tivesse seguido as regras básicas de segurança — como tratar sempre a arma como se estivesse carregada, nunca apontá-la para outra pessoa e manter o dedo fora do gatilho — esse incidente não teria ocorrido. Situações como essa não são apenas erros; são demonstrações de imaturidade e irresponsabilidade.
Conclusão: Segurança Acima de Tudo
Se você é instrutor, jamais subestime a necessidade de estar atento e estabelecer limites claros. Se você é aluno, lembre-se de que regras de segurança existem para salvar vidas, inclusive a sua. A arma de fogo exige respeito, responsabilidade e uma mentalidade madura.
Na Confraria do Tiro, promovemos um ambiente onde a segurança é a prioridade máxima. Regras são para todos — instrutores e alunos — e qualquer um que as desrespeite não tem lugar em um ambiente de treinamento sério. Afinal, segurança nunca é brincadeira.

Eduardo Maschietto é um autor ítalo-brasileiro, especialista em sobrevivência urbana, Direito e Ciências da Computação, com mais de uma década de experiência internacional. Instrutor certificado de armamento e tiro, palestrante e escritor, Eduardo é autor de obras como Declínio Moral e Seja um Patriota e Não um Idiota. Ele se dedica a educar e conscientizar sobre segurança, valores fundamentais e responsabilidade individual, combinando história, filosofia e prática em seus projetos e reflexões.