Dias atrás, após a publicação da notícia de que o presidente argentino Javier Milei baixou a idade mínima de acesso às 4rm4s para 18 anos, muitos comentários foram feitos por aqui.
Vou me atentar no que mais me chamou a atenção nas opiniões dadas por gente do nosso lado. O medo da liberdade. Efeito colateral óbvio do “veneno invisível” da narrativa desarmamentista que já citei anteriormente em outro texto.
Um adulto de 18 anos pode ser preso, ser deputado federal, delegado de polícia, piloto de aeronave, comandar uma empresa bilionária dentre outros tantos exemplos. Mas para alguns, ter essa mesma idade o torna ainda inepto para ter uma 4rm4.
Sim, os jovens podem ser inconsequentes e desproporcionais no julgamento de certas situações dada sua pouca experiência de vida.
Mas se o temor é algum ato inconsequente, temos leis, duríssimas por sinal, que visam punir quem abusa de suas liberdades. Se você for um cidadão honesto, convenhamos, elas são até mais severas na aplicação, dado o judiciário ideológico que temos atualmente.
Então por que essa mania de presumir má fé sob o argumento raso de que “brasileiro não tem cultura pra isso”?
Qualquer um com mais de 35 anos de idade viu com os próprios olhos o quão simples era obter uma 4rm4 até 1997. Pros mais jovens, até 2022 vimos a liberação de algo próximo de 1 milhão de portes de trânsito no país todo e o número de ocorrências com quem tinha essa modalidade de porte sequer gerou números nas estatísticas de crimes cometidos com 4rm4s. Não é opinião. São fatos e dados.
Nós brasileiros não só temos SIM capacidade e cultura para termos e portarmos 4rm4s como tivemos a oportunidade de provar isso.
Por tanto, quando você, que se diz defensor dessa liberdade, pensar em apoiar qualquer limite à ela, sugiro que use os fatos como base e não excessões ou achismos. Isso nossos inimigos já fazem.
Temos que ser melhores que isso.
Não alimente a narrativa do inimigo, treine e defenda-se.
André Langner