A COP International 2025, realizada no São Paulo Expo, mostrou de forma clara que a tecnologia aplicada à segurança pública e privada está entrando em uma nova era.
O que antes era visto em filmes de ficção científica, agora se move diante dos nossos olhos — com drones que apagam incêndios, robôs que caminham, viaturas com câmeras térmicas e sistemas inteligentes capazes de identificar rostos e situações em tempo real.
Mas além das máquinas, o evento mostrou algo ainda mais importante: o preparo humano continua sendo o centro de tudo.
🔹 A era dos drones táticos e de resgate
Os drones dominaram a feira. Modelos de grande porte, com capacidade de carga superior a 100 kg, foram apresentados com finalidades variadas — desde vigilância e patrulhamento aéreo até combate a incêndios.
Alguns protótipos, como os da UAVI e da Condor, já vêm equipados com mangueiras e reservatórios que permitem lançar jatos de água ou agentes extintores sobre áreas de difícil acesso.
Essas aeronaves não tripuladas estão se tornando peças centrais em operações de resgate, controle de fronteiras e missões táticas urbanas.
O que impressiona é a integração com sistemas de comando em solo, que recebem dados e imagens em tempo real — o operador vê o que o drone vê, a quilômetros de distância.
🔹 Robôs com precisão de soldado e estabilidade animal
Entre os destaques, estava o robô quadrúpede da Boston Dynamics, capaz de andar, reagir a obstáculos e manipular objetos com extrema precisão.
A agilidade e estabilidade do equipamento chamaram a atenção de todos — especialmente das crianças, que observaram de perto a naturalidade com que a máquina se movia.
Esses robôs já são usados em inspeções, reconhecimento de terreno e até apoio em situações de risco químico. Na prática, estão redefinindo a linha entre o humano e o mecânico dentro das operações táticas.
🔹 Equipamentos de treinamento e armas não letais
A feira também trouxe novidades voltadas ao treinamento profissional e civil.
Entre elas, um estande de tiro montado dentro de um container — com isolamento acústico e filtragem de ar, totalmente portátil e seguro, projetado para simular condições reais de disparo em qualquer ambiente.
Além disso, fabricantes apresentaram armas não letais de alta precisão como a Condor, com design idêntico a pistolas convencionais.
Sprays, granadas de luz e som, e projéteis de borracha continuam evoluindo, oferecendo opções graduais de resposta — especialmente úteis para forças policiais e guardas municipais.
🔹 Defesa pessoal e preparo físico
O espaço do Krav Maga, com o Mestre Kobi, do qual eu treinei desde 2005, reforçou que a tecnologia não substitui o corpo preparado.
O treinamento com bastão tático, defesa contra agressões e fundamentos de autocontrole mental mostraram o outro lado da segurança: o domínio emocional e técnico.
Entre as demonstrações, ficou evidente que o preparo físico e psicológico ainda é o primeiro escudo — e que nenhuma ferramenta substitui a presença consciente e treinada.
🔹 Parcerias
Empresas parceiras da Confraria como Condor, Safetywall, Gunvex e BlueGun Brasil apresentaram soluções desenvolvidas aqui.
Desde armas de treinamento realístico até sistemas de dispersão de agentes químicos e munições não letais, a inovação está se consolidando com seriedade.
Tivemos uma longa conversa com o criador da revista Magnum, tradicional do meio, e temos a certeza que ampliaremos nossas parcerias.
🔹 Vivência prática e integração familiar
A COP também foi uma oportunidade única de aproximar gerações.
Crianças e adolescentes puderam conhecer de perto viaturas, blindados, helicópteros e equipamentos de ponta — como o helicóptero Águia 21 da Polícia Militar.
Ver a curiosidade deles diante dessas tecnologias reforça que segurança também é educação e consciência.
Ao permitir esse contato direto, a feira ajuda a formar uma nova cultura de responsabilidade, onde o cidadão entende o papel da tecnologia, mas também seus limites.
🔹 Conclusão: o futuro exige virtude
A COP International 2025 deixou uma mensagem clara:
“A tecnologia avança, mas o elemento humano ainda define o rumo.”
Cada drone, cada robô e cada arma não letal são apenas ferramentas — o que determina seu uso é o propósito de quem as empunha.
Por isso, eventos como esse são fundamentais: aproximam a sociedade da segurança, ampliam o conhecimento técnico e incentivam a formação de uma cultura de preparo.
O futuro da proteção não é só mecânico — é moral, cívico e humano.

Eduardo Maschietto é um autor ítalo-brasileiro, especialista em sobrevivência urbana, Direito e Ciências da Computação, com mais de uma década de experiência internacional. Instrutor certificado de armamento e tiro, palestrante e escritor, Eduardo é autor de obras como Declínio Moral e Seja um Patriota e Não um Idiota. Ele se dedica a educar e conscientizar sobre segurança, valores fundamentais e responsabilidade individual, combinando história, filosofia e prática em seus projetos e reflexões.









