Se você acha que já viu de tudo no tiro esportivo brasileiro, prepare-se para 2025, onde aparentemente o esporte será transformado em um misto de burocracia extrema e competição seletiva. Brincadeiras à parte, os próximos anos parecem prometer um cenário curioso, onde o tiro esportivo caminhará por trilhas tortuosas e, possivelmente, muito exclusivas.
Um Esporte Para Poucos Eleitos?
Imagine só: para praticar tiro esportivo em 2025, será necessário um MBA em preenchimento de formulários e talvez até um doutorado em “Normativas Confusas e Contraditórias”. A cada novo decreto ou portaria, as regras parecem se moldar não para promover o esporte, mas para desencorajar qualquer um que não tenha uma paciência infinita ou um advogado ao lado.
Enquanto isso, grandes confederações devem continuar centralizando o controle, oferecendo o que parece ser um “serviço premium”: acesso limitado às competições, taxas aumentadas e uma fila de espera que faz os eventos esportivos mais parecerem um concurso público.
A Nova Cara das Competições
Os campeonatos podem se tornar ainda mais… exclusivos. Com as restrições crescendo a cada dia, quem conseguirá competir? Talvez vejamos torneios com menos participantes e um pódio reservado para aqueles que conseguiram “sobreviver” à burocracia. Não se surpreenda se, no futuro, medalhas forem entregues não pelo desempenho no alvo, mas pela habilidade em lidar com documentações.
E se 2025 trouxer uma nova categoria de competição? O “tiro ao decreto” poderia ser um esporte à parte, onde o desafio seria decifrar qual regra ainda está válida entre as que mudam semanalmente.
Esporte, Economia e a Sociedade do Tiro
Mas, brincadeiras à parte, 2025 pode ser decisivo para o futuro do tiro esportivo no Brasil. O cenário atual, de incertezas e insegurança jurídica, afeta não apenas os atletas, mas também toda a cadeia produtiva em torno do esporte. Lojas, instrutores, clubes e fabricantes já estão sentindo o impacto de medidas que, ao invés de incentivar o desenvolvimento do setor, parecem trabalhar contra ele.
Enquanto isso, a economia local sofre com desemprego, redução de arrecadação e desinteresse de investidores. Afinal, quem vai apostar em um esporte que se torna cada vez mais difícil de praticar?
A Reflexão Que Fica
Para onde vamos? Será que o tiro esportivo brasileiro sobreviverá a 2025 como algo mais do que um hobby de luxo para poucos? Ou será que, com um pouco de bom senso, o esporte encontrará um equilíbrio entre regulamentação e liberdade, permitindo que todos que amam a prática possam continuar a exercê-la?
Seja como for, o futuro do tiro esportivo no Brasil promete. Só esperamos que ele não se torne um esporte olímpico… de paciência.

Eduardo Maschietto é um autor ítalo-brasileiro, especialista em sobrevivência urbana, Direito e Ciências da Computação, com mais de uma década de experiência internacional. Instrutor certificado de armamento e tiro, palestrante e escritor, Eduardo é autor de obras como Declínio Moral e Seja um Patriota e Não um Idiota. Ele se dedica a educar e conscientizar sobre segurança, valores fundamentais e responsabilidade individual, combinando história, filosofia e prática em seus projetos e reflexões.