Carl Sagan, em O Mundo Assombrado pelos Demônios, nos lembra do quão frágeis somos diante do desconhecido. Seres cinzentos, naves metálicas e memórias inexplicáveis de raptos alienígenas. Fantasia coletiva? Experimentos secretos? Ou algo muito mais complexo pairando nos céus?
De tempos em tempos, o fenômeno alienígena ressurge. Relatos de OVNIs — agora rebautizados de UAPs (Fenômenos Aéreos Não Identificados) — voltaram com força nos céus dos EUA e do mundo. Mas será que estamos prontos para lidar com a realidade, seja ela qual for?
O que está acontecendo?
Nos últimos anos, pilotos militares americanos relataram objetos não identificados fazendo manobras impossíveis. A NASA investiga, governos liberam documentos e até o Pentágono admite: não sabemos o que são. Não se trata mais de teóricos da conspiração em porões escuros. Agora, as luzes nos céus são oficialmente um “mistério investigado”.
De outro lado, a população parece dividir-se em dois extremos: aqueles que afirmam que os alienígenas sempre estiveram aqui, conduzindo experimentos médicos, implantando memórias e até aperfeiçoando nossa espécie; e aqueles que enxergam um delírio social que mescla traumas humanos e histórias de ficção científica.
Um fenômeno global ou só os americanos?
Carl Sagan questionava:
“Se alienígenas estão nos visitando, por que suas práticas médicas são tão humanas? Por que eles nos sequestrariam apenas em motéis de beira de estrada?”
Mas os relatos de raptos alienígenas não são uma exclusividade dos Estados Unidos. Do Brasil à Rússia, pessoas afirmam ter passado por experiências semelhantes:
• Seres cinzentos com olhos grandes e vazios.
• Exames médicos intrusivos.
• Objetos voadores realizando feitos que desafiam a física.
Fato ou não, as luzes misteriosas continuam aparecendo. Talvez, ao invés de questionarmos “por que nós?”, o certo seria perguntar: e se for tudo verdade?
O que podemos pensar?
A hipótese extraterrestre ainda convive com outras explicações mais terrestres. Experimentos secretos de drones avançados? Fenômenos atmosféricos mal compreendidos? Ou estamos todos sendo vítimas de uma imaginativa memória coletiva?
Talvez não tenhamos as respostas hoje, mas algo é certo: olhar para os céus nunca foi tão inquietante. E, enquanto aguardamos mais revelações, continuamos entre o medo e a fascinação. Afinal, como diria Sagan:
“A verdade está lá fora. A questão é: estamos preparados para ela?”
A Visão Sobrevivencialista
Quando falamos de fenômenos inexplicáveis, como OVNIs (ou UAPs), abduções e as luzes que cruzam nossos céus, a perspectiva sobrevivencialista não pode ser ignorada. Afinal, preparação é a base do sobrevivencialismo, e o desconhecido — seja ele alienígena ou terreno — demanda atenção.
Carl Sagan, em O Mundo Assombrado pelos Demônios, nos adverte sobre a importância de usar a ciência e a razão diante do místico e do extraordinário. Ele afirma:
“A ausência de evidência não é evidência de ausência.”
Se, por um lado, a ciência ainda não possui provas definitivas de visitas extraterrestres, por outro, o surgimento de relatos frequentes, testemunhos de pilotos, e até a admissão de governos nos alerta a não subestimar o fenômeno.
Por que o Sobrevivencialismo Deve Observar Isso?
O sobrevivencialista é aquele que busca antecipar o inesperado. E, embora a natureza dos OVNIs permaneça em debate, alguns pontos não podem ser ignorados:
• Defesa e Observação: Luzes desconhecidas e movimentações aéreas podem indicar tecnologias avançadas. Sejam terrestres ou não, compreender e monitorar é uma questão de sobrevivência.
• Psicologia Coletiva: Sagan nos lembra que a natureza humana busca padrões e respostas no desconhecido. Relatos de abduções podem ser uma mistura de traumas, histeria coletiva ou experiências reais ainda incompreendidas.
• Fenômenos Climáticos ou Tecnológicos: O surgimento de novas tecnologias (como drones militares ou armas secretas) também deve ser considerado. O sobrevivencialista se mantém alerta para não ser pego de surpresa.
Carl Sagan e o Ceticismo Produtivo
Sagan, em sua abordagem crítica e analítica, afirma:
“A ciência é mais do que um corpo de conhecimento; é uma maneira de pensar.”
Como sobrevivencialistas, devemos aplicar essa máxima. O desconhecido deve ser investigado, não rejeitado ou aceito cegamente. Precisamos de um equilíbrio:
• Manter a mente aberta: E se esses fenômenos realmente indicam algo maior que nossas compreensões atuais?
• Buscar respostas práticas: Quem controla o céu controla o campo de batalha. Se os OVNIs representam tecnologias avançadas, quem as possui está à frente.
E se for Tudo Verdade?
Seja por visitas de civilizações extraterrestres ou por avanços tecnológicos humanos ainda desconhecidos, algo está acontecendo. Como sobrevivencialistas, precisamos:
1. Observar os movimentos globais e as mudanças no discurso oficial.
2. Investir em conhecimento, mantendo uma postura cética, mas vigilante.
3. Manter um plano de contingência — afinal, o desconhecido tem o hábito de se revelar quando menos esperamos.
Carl Sagan conclui brilhantemente:
“Em toda história, temos sido assombrados pelo desconhecido. É o momento de enfrentá-lo com olhos abertos, mente crítica e o coração preparado.”
Por enquanto, deixemos as conclusões abertas. Mas lembrem-se: preparação é sempre a resposta, seja para alienígenas ou para o mais mundano dos problemas.

Eduardo Maschietto é um autor ítalo-brasileiro, especialista em sobrevivência urbana, Direito e Ciências da Computação, com mais de uma década de experiência internacional. Instrutor certificado de armamento e tiro, palestrante e escritor, Eduardo é autor de obras como Declínio Moral e Seja um Patriota e Não um Idiota. Ele se dedica a educar e conscientizar sobre segurança, valores fundamentais e responsabilidade individual, combinando história, filosofia e prática em seus projetos e reflexões.