Por: Daniel Ramos
Após a vitória de Donald Trump nas eleições nos Estados Unidos, testemunhamos um ascender de esperança para a direita conservadora e liberal. Os sinais dessa mudança não tardaram a aparecer. Muitos já eram visíveis antes mesmo das eleições, mas, com Trump no cenário, ficou evidente sua influência no panorama global, trazendo novos rumos para debates ideológicos e decisões estratégicas.
Não acredito que estamos apenas enxergando miragens criadas pela insatisfação com a falta de alternativas viáveis no Brasil sob a atual gestão. Os sinais de transformação são concretos e imediatos. Um exemplo claro é o recuo da chamada agenda woke — políticas associadas à representatividade e ao ativismo em prol de minorias. Empresas gigantes como Walmart, Toyota, Boeing, Harley-Davidson e Ford anunciaram novos planos de gestão que excluem, ou pelo menos reduzem, o alinhamento explícito com essas pautas. Isso sinaliza uma mudança ideológica no âmbito corporativo, acompanhando a guinada do discurso político e social.
Mas o que exatamente está acontecendo? Será que estamos presenciando um verdadeiro racha entre os globalistas? Essa pergunta tem sido tema de análise de especialistas como Max Cardozo, da Revista Timeline, e outros observadores atentos à geopolítica. Com cautela, alguns apontam para a hipótese de que setores do globalismo estariam reavaliando suas alianças e estratégias, especialmente diante de forças como a união entre Donald Trump e Elon Musk, que apresentam um contraponto à agenda progressista dominante.
O Recuo da Agenda Woke
A agenda woke, amplamente promovida por grandes corporações e instituições nas últimas décadas, parece estar enfrentando resistência em razão de seus impactos financeiros e culturais. Para muitos analistas, essas políticas passaram a ser vistas como excessivamente divisivas, afastando consumidores e gerando tensões internas. A recente mudança de postura de diversas empresas não é apenas simbólica; reflete também uma resposta pragmática à pressão social e ao contexto político mais amplo.
Um Racha Entre os Globalistas?
A ideia de uma divisão entre os globalistas é intrigante. Se considerarmos que o globalismo sempre foi associado a uma agenda unificada e centralizada, o surgimento de facções dentro desse grupo pode indicar que suas lideranças estão em desacordo sobre os rumos a seguir. Isso não significa, necessariamente, o abandono completo da agenda globalista, mas pode sinalizar uma reformulação em seus objetivos e métodos.
O impacto de figuras como Trump e Musk nesse cenário não pode ser ignorado. Trump, com seu discurso nacionalista e anti-globalista, consolidou uma base conservadora que questiona o status quo. Musk, por sua vez, atua como uma força disruptiva, defendendo a liberdade de expressão e criticando políticas que ele considera autoritárias. Essa aliança improvável, ainda que informal, parece ter influenciado líderes e instituições a repensarem suas prioridades.
O Que Esperar do Futuro?
Para aqueles que acompanham a geopolítica, esse momento oferece um prato cheio de reflexões. Estaremos realmente testemunhando uma mudança estrutural no panorama ideológico global, ou se trata de uma adaptação momentânea às pressões econômicas e sociais? E mais importante: que lições podemos tirar desse movimento para o Brasil?
Enquanto isso, aqui na Confraria, seguimos atentos aos sinais e dispostos a analisar, com cuidado e profundidade, os desdobramentos dessa possível nova era. Afinal, mudanças de cenário nunca acontecem sem deixar rastros; cabe a nós decifrá-los.
Referências
Recuo da agenda woke: Gazeta do Povo.
Racha entre globalistas: Revista e TV Timeline.

Instrutor IAT